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Tadalafila é boa na cama e na academia? Entenda os riscos do medicamento

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Muito popular entre os homens, o uso da tadalafila cresce, mas especialistas alertam para riscos envolvendo o medicamento  |   BNews SP - Divulgação Foto: Divulgação/BBC
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 15/07/2025, às 09h42



A tadalafila já é muito popular entre os homens, mas agora o assunto chegou na academia. A ideia é que, além de melhorar o desempenho sexual, o medicamento também pode também turbinar o rendimento nos treinos. Será que isso faz sentido?

De acordo com urologistas da Escola Paulista de Medicina (EPM-Unifesp), a substância é conhecida por seu uso no tratamento da disfunção erétil, já que sua principal função é aumentar o fluxo sanguíneo para o pênis.

Por outro lado, ela também pode ser prescrita em casos de hipertensão pulmonar e hiperplasia prostática benigna, um aumento da próstata que não está relacionado ao câncer.

Tadalafila na academia

Nos últimos anos, começou a circular a teoria de que a tadalafila poderia melhorar a circulação sanguínea nos músculos durante o exercício, o que resultaria em maior entrega de oxigênio e nutrientes ao tecido muscular, melhorando o desempenho.

Apesar de parecer confiável, essa ideia não foi aprovada pela ciência. Até agora, nenhuma evidência comprova os benefícios da tadalafila no rendimento esportivo. O que é possível ver, na prática, é um efeito placebo bastante comum. Os riscos superam os possíveis ganhos.

Uso sem necessidade médica

Na parte sexual, o medicamento é eficaz para tratar casos de disfunção erétil; o problema é que muitos jovens, sem diagnóstico, passaram a usá-lo como uma espécie de “seguro” antes de encontros ou festas.

Essa prática acaba parecendo inofensiva no começo, mas pode levar a uma dependência psicológica, fazendo com que a pessoa acredite que só terá bom desempenho na cama ao usar o remédio.

Efeitos colaterais e riscos

Muitas vezes tratado como algo “leve”, o uso da tadalafila sem prescrição não foge de perigos. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão dor de cabeça, vermelhidão no rosto, tontura, congestão nasal e dores musculares.

Em quadros mais graves, o medicamento pode provocar quedas de pressão, arritmias, desmaios e até eventos cardiovasculares sérios, como infarto ou AVC.

Pessoas que fazem uso de medicamentos à base de nitrato, comum no tratamento de doenças cardíacas, não devem combinar esses remédios com a tadalafila. A junção pode causar uma séria queda de pressão.

Outro risco é o priapismo, uma ereção prolongada e dolorosa que pode durar horas. Apesar de parecer piada, é uma emergência médica, já que pode causar danos permanentes ao tecido peniano.

Há ainda relatos raros, mas registrados, de perda súbita de visão ou audição após o uso do remédio, exigindo atenção médica imediata.

Por tudo isso, o recado é simples: a tadalafila só deve ser usada com acompanhamento médico. Fora desse contexto, o risco é alto e, para pessoas saudáveis, os possíveis efeitos colaterais não compensam o uso.

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