Polícia
por Camila Lutfi
Publicado em 09/07/2025, às 10h42
O estado do corpo de Juliana Marins, de 26 anos, que morreu em após cair de uma trilha no vulcão da Indonésia, comprometeu as análises sobre a causa da morte. É o que indica o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro.
O corpo da jovem foi resgatado apenas quatro dias depois do acidente e passou por autópsia ainda no país asiático. Para enviar o corpo ao Brasil, Juliana passou por um processo de embalsamamento, que teria prejudicado as análises do IML-RJ.
Os especialistas não conseguiram estimar com precisão o horário da morte, além de terem dificuldade em avaliar sinais como hipotermia, desidratação ou indícios de violência sexual.
Ainda assim, o laudo confirmou que a causa da morte de Juliana foi hemorragia interna provocada por múltiplas lesões traumáticas, incluindo ferimentos graves na pelve, tórax e crânio. Os peritos também consideram a possibilidade de haver um breve momento de agonia física e psíquica antes do óbito.
Em coletiva de imprensa realizada no dia 27 de junho, no Hospital Bali Mandara, em Denpasar, o dr. Ida Bagus Putu Alit explicou que a morte ocorreu em um curto espaço de tempo após o impacto.
Estima-se que Juliana tenha falecido entre 15 e 20 minutos após a queda da trilha. Ela caiu de uma altura de 300 metros, mas foi encontrada a quase 700 metros do ponto de onde caiu.
De acordo com o legista, os ferimentos causados pela queda foram severos e comprometeram órgãos vitais. Juliana sofreu um forte trauma nas costas, o que ocasionou lesões críticas na região torácica e provocou um intenso sangramento interno. O laudo aponta que os danos foram concentrados na parte posterior do tórax, afetando diretamente estruturas essenciais para a respiração.
O corpo de Juliana Marins chegou à cidade de São Paulo no dia 1º de julho, segundo a Emirates Airlines. O translado seguiu até o dia seguinte, quando o cadáver chegou ao Rio de Janeiro, estado natal da jovem.
Desde o acidente, no dia 20 de junho, até o resgate, quatro dias depois, houveram diversos atrasos na repatriação de Juliana, segundo a família. Ainda assim, a Advocacia-Geral da União (AGU) cumpriu o pedido de nova autópsia voluntária no corpo da jovem.
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