Polícia
Após a trágica morte de Juliana Marins, brasileira que sofreu uma queda em um vulcão na Indonésia, o corpo da vítima foi resgatado e encaminhado para exames no Hospital Bhayangkara, localizado na ilha de Lombok. A família agora aguarda o laudo oficial que deverá indicar as causas exatas do falecimento e o horário do acidente, além da liberação dos restos mortais para repatriação.
O transporte do corpo ao Brasil será de responsabilidade da família, já que o governo brasileiro não cobre essas despesas. Conforme estabelece o artigo 257 do decreto 9.199/2017, o Ministério das Relações Exteriores não pode arcar com os custos relacionados ao traslado ou sepultamento de cidadãos brasileiros que falecem no exterior. O Itamaraty, no entanto, presta apoio aos familiares na emissão dos documentos necessários, como o atestado consular de óbito, e no contato com autoridades locais.
Em nota enviada ao UOL, o Itamaraty reforçou que sua atuação está restrita ao auxílio documental e ao diálogo com os órgãos competentes da Indonésia. A legislação brasileira permite que o governo preste assistência apenas em situações como localização de cidadãos em áreas de conflito ou desastres naturais, sem previsão de cobertura financeira para transporte de corpos.
O resgate do corpo de Juliana ocorreu por volta das 8h no horário local (22h em Brasília). A operação, acompanhada por equipes de busca e montanhistas voluntários, envolveu o içamento do corpo em uma maca até uma base no parque e posterior transporte aéreo até o hospital. Um vídeo registrado por um alpinista que participou da ação mostrou parte do trajeto. Segundo informações oficiais, quatro socorristas permaneceram acampados a 600 metros de profundidade com o corpo, enquanto outros três deram apoio a 400 metros.
Em redes sociais, os familiares de Juliana criticaram a demora no resgate e afirmaram que pretendem buscar justiça. Eles alegam que, se o salvamento tivesse ocorrido no tempo previsto, a jovem poderia ter sobrevivido.
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