Política

CNH fica mais barata e simples: novas regras permitem formação sem autoescola

Foto: Reprodução/Divulgação/Detran
Norma do Contran flexibiliza processo de habilitação, reduz carga horária e abre espaço para instrutores autônomos autorizados pelos Detrans  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Divulgação/Detran
Érica Sena

por Érica Sena

[email protected]

Publicado em 03/12/2025, às 11h27



A emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vai passar por uma das maiores mudanças dos últimos anos.

A nova resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) elimina a obrigatoriedade das autoescolas e reduz drasticamente a carga mínima de aulas, abrindo caminho para um processo mais acessível, digital e flexível para os futuros motoristas, como citado pela CNN Brasil.

Menos burocracia e custos mais baixos

Com as novas regras, a exigência de 20 horas-aula cai para apenas 2 horas de treinamento obrigatório. O candidato, porém, continuará sendo submetido às provas teórica e prática, agora fortalecidas como principal critério de avaliação.

A lógica segue modelos adotados por países como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, onde o desempenho no exame, e não o número de aulas, define a aptidão para dirigir.

As aulas teóricas serão disponibilizadas gratuitamente pelo Ministério dos Transportes, em plataforma online. Quem preferir poderá continuar estudando presencialmente em autoescolas ou instituições credenciadas, mantendo a opção tradicional.

Instrutores autônomos passam a ser autorizados

Uma das principais novidades é a permissão para instrutores autônomos. Eles deverão ser credenciados pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans), que ficarão responsáveis por fiscalizar os profissionais, seguindo critérios padronizados nacionalmente.

A comprovação das aulas será integrada diretamente à Carteira Digital de Trânsito (CDT), permitindo registro seguro e centralizado das etapas cumpridas pelo candidato. Mais detalhes operacionais serão divulgados após a publicação da norma no Diário Oficial da União (DOU).

Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, a mudança moderniza o sistema e foca no que realmente importa: “As aulas, por si só, não garantem que alguém esteja apto a dirigir. O que garante é a prova”, afirmou.

Processo mais digital e ágil

O novo modelo também reduz a presença física do candidato, que precisará comparecer apenas às etapas obrigatórias: coleta biométrica, exame médico e provas. Todo o restante do trâmite poderá ser realizado de forma digital, tornando o processo mais prático e menos custoso para a população.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp