Política

Enel terá reajuste de 13,2% na conta de luz em SP — entenda o motivo

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Aumento começa a valer em julho e afeta diretamente consumidores residenciais na Grande São Paulo.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Freepik
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 02/07/2025, às 06h30



A partir do dia 4 de julho, as tarifas de energia elétrica da Enel Distribuição São Paulo sofrerão um aumento médio de 13,94%. A decisão foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por regular o setor elétrico no país. A medida impacta diretamente consumidores da capital e da Região Metropolitana de São Paulo atendidos pela concessionária.

Os consumidores classificados como de Alta Tensão — como indústrias, centros comerciais e outras grandes estruturas — terão um acréscimo de 15,77% na fatura. Já os clientes de Baixa Tensão, que englobam residências e pequenos estabelecimentos comerciais, enfrentarão um reajuste de 13,47%.

A Aneel explicou que o reajuste reflete, principalmente, a elevação de custos que estão fora do controle da distribuidora. Entre os fatores mais relevantes estão os encargos setoriais, impostos por leis e decretos federais, e a aquisição de energia. Esses itens, combinados com tributos estaduais e federais e despesas com transmissão, influenciam diretamente no valor final pago pelos consumidores.

Do total reajustado, 6,44% se deve ao peso dos encargos setoriais. Além disso, a retirada de componentes financeiros considerados no reajuste do ano anterior contribuiu com mais 7,97% para o novo índice.

Diante das críticas, a Aneel ressaltou que a concessionária não é responsável por definir os valores tarifários. “As tarifas são estabelecidas com base em critérios técnicos e legais. A maior parte do valor da conta de luz refere-se a encargos de geração, transmissão, tributos e repasses obrigatórios ao governo, e não à distribuição de energia”, afirmou a agência em nota.

O aumento ocorre em um momento de preocupação generalizada sobre o custo da energia no país, e reforça os impactos que medidas regulatórias e estruturais podem ter no bolso do consumidor.

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