Política
A arqueóloga Niède Guidon faleceu na madrugada desta quarta-feira, 4, aos 92 anos. Considerada uma das maiores referências da arqueologia no Brasil, ela foi a fundadora do Parque Nacional da Serra da Capivara, localizado no Piauí. A causa da morte não foi informada.
Com décadas dedicadas à ciência e à proteção do patrimônio pré-histórico brasileiro, Niède teve papel essencial na transformação da compreensão sobre a ocupação das Américas. Suas descobertas apontaram indícios de presença humana muito anteriores às teorias aceitas pela arqueologia tradicional, mudando o rumo dos estudos sobre o povoamento do continente.
Além do trabalho acadêmico, a pesquisadora também foi uma voz ativa em defesa da cultura, da educação e do desenvolvimento sustentável no interior do Piauí. Ela fundou instituições fundamentais para a valorização da região, como o Museu do Homem Americano e a Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM).
A notícia de sua morte veio às vésperas da celebração do aniversário do Parque Nacional que ela ajudou a consolidar. Em homenagem, o Museu da Natureza divulgou uma nota nas redes sociais destacando sua relevância para a arqueologia e para a construção da identidade cultural brasileira.
A Prefeitura de Coronel José Dias, cidade próxima ao parque, declarou luto oficial de três dias. Em nota, o município agradeceu à “guardião da Serra da Capivara”, exaltando sua coragem e determinação em preservar o legado arqueológico local. A administração municipal também ressaltou o impacto duradouro de seu trabalho na economia, na educação e no turismo da região.
O legado de Niède Guidon continuará vivo, entre trilhas, arte rupestre e o conhecimento que inspirará futuras gerações.
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