Entretenimento

Estudo brasileiro aponta relação entre consumo de adoçantes e risco de demência; entenda

Foto: reprodução/Unplash
Pesquisa da USP com mais de 12 mil pessoas indica possível impacto negativo dos adoçantes na memória e no raciocínio  |   BNews SP - Divulgação Foto: reprodução/Unplash
Ana Caroline Alves

por Ana Caroline Alves

[email protected]

Publicado em 09/12/2025, às 16h01



Trocar o açúcar pelo adoçante pode parecer uma escolha mais saudável, mas novas evidências científicas sugerem cautela. Um estudo brasileiro conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) aponta que o consumo elevado de adoçantes pode estar associado ao declínio cognitivo e ao aumento do risco de demência.

https://www.bnewssaopaulo.com.br/noticias/politica/pneumonia-em-sp-casos-disparam-e-lotam-unidades-de-saude.html de até 62% na perda de funções cognitivas, como memória, fluência verbal e velocidade de raciocínio. Os efeitos foram mais intensos em adultos entre 35 e 60 anos e em indivíduos com diabetes, grupo que demonstrou maior predisposição à neurodegeneração, as informações são do ICL Notícias.

Como o estudo foi realizado

A pesquisa utilizou dados do ELSA-Brasil (Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto), um dos maiores levantamentos de saúde do país. Foram analisadas informações de mais de 12 mil brasileiros, coletadas entre 2008 e 2010. Durante esse período, os participantes detalharam seus hábitos alimentares, permitindo aos cientistas medir tanto o consumo direto de adoçantes quanto a ingestão indireta por meio de alimentos ultraprocessados.

Além do mapeamento da dieta, os voluntários passaram por testes cognitivos em diferentes momentos do acompanhamento. Os exames avaliaram memória, fluência verbal e capacidade de raciocínio. Para garantir maior precisão, as análises estatísticas consideraram variáveis como idade, sexo, nível de atividade física, índice de massa corporal, além de condições como diabetes e hipertensão.

açúcar faz mal
Reprodução: Freepik

O que dizem os especialistas e quais são as limitações

Apesar dos resultados expressivos, os pesquisadores ressaltam que o estudo tem limitações. Por se tratar de uma pesquisa observacional, não é possível afirmar uma relação de causa e efeito definitiva. Além disso, fatores comportamentais associados a maus hábitos alimentares também podem influenciar a saúde cognitiva.

Especialistas em geriatria destacam que a alimentação é um fator de risco modificável importante. Segundo a médica Manuella Toledo Matias, da UFPB, mudanças no estilo de vida, incluindo a redução de adoçantes e ultraprocessados, podem diminuir significativamente o risco de demência. 

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp