Polícia

Cúpula da GCM é suspeita de atuar junto ao Comando Vermelho no interior paulista; veja detalhes

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O grupo relacionado ao Comando Vermelho (CV) teria como um de seus objetivos matar membros do Primeiro Comando da Capital (PCC)  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes sociais
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 07/05/2025, às 10h54



Em Araras, no interior de São Paulo, os dois principais comandantes da Guarda Civil Municipal (GCM) da cidade estão sendo investigados com um subordinado por suposto envolvimento em uma célula do Comando Vermelho (CV) que atua na área.

Excluindo Daniel Ponessi Alves, atual comandante, a Justiça decretou a prisão do subcomandante Anilton dos Santos (atualmente foragido) e do guarda Denis Davi de Lima, detido em um hotel em Gramado (RS) durante a Operação Hitman, deflagrada na última segunda-feira (5).

De acordo com a Polícia Civil, o grupo que os guardas possuíam conexão teria como um de seus objetivos matar membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). A célula, que também tinha o apoio de policiais militares, teve três PMs presos na operação.

Além dos agentes públicos, sete criminosos que atuavam em conluio com os GCMs e PMs na execução sumária de integrantes do PCC também foram presos durante a ação.

A defesa dos envolvidos não foi localizada e o espaço para manifestações segue disponível.

“Rota Caipira”

O alvo da Operação Hitman operava em Limeira e em outras cidades do interior paulista, como a própria Araras, Leme e Conchal, além de atuar no Rio Grande do Sul, onde um dos GCMs foi detido com apoio da Polícia Civil local.

De acordo com as investigações, o grupo buscava controlar a “Rota Caipira”, transporte estratégico para repassar armas e cocaína produzida na Bolívia e na Colômbia.

A rota também seria aproveitada para enviar fuzis e munições ao Rio de Janeiro, onde o armamento é utilizado em disputas entre facções.

Os criminosos, além do envolvimento no assassinato de integrantes do PCC, também atuam em outros crimes como tráfico de drogas e armas, roubos, clonagem de veículos e corrupção ativa e passiva.

Esclarecimentos

A Prefeitura de Araras informou que os três guardas civis investigados foram afastados preventivamente de seus cargos; já a Polícia Militar afirmou que tomará medidas disciplinares e criminais contra os policiais detidos, além de analisar a possível participação de outros envolvidos.

Relatórios da Polícia Civil apontam que os agentes públicos envolvidos na ação estariam colaborando com a expansão territorial do Comando Vermelho, tentando alterar o domínio do crime organizado na região.

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