Política

Linha 11-Coral da CPTM: 24 horas de caos e morte de passageiro; entenda

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Reprodução
Interrupção elétrica provoca superlotação, longos intervalos e desencadeia morte por mal súbito na estação Ferraz de Vasconcelo.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/Reprodução
Érica Sena

por Érica Sena

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Publicado em 26/11/2025, às 10h41



Uma falha elétrica na Linha 11-Coral da CPTM desencadeou um dos piores episódios recentes no transporte metropolitano de São Paulo. O problema começou por volta das 10h de terça-feira (25) e, quase 24 horas depois, ainda não havia sido totalmente solucionado.

A interrupção provocou atrasos generalizados, superlotação e, em meio ao caos, a morte de um homem na estação Ferraz de Vasconcelos após um mal súbito nas escadas rolantes.

Segundo a CPTM, os trens operam com velocidade reduzida e intervalos maiores nos trechos Palmeiras-Barra Funda–Tatuapé e Estudantes–Corinthians-Itaquera. A empresa afirma que o intervalo chega a 8 minutos no primeiro trecho e 16 no segundo, mas usuários relatam esperas muito superiores.

Superlotação e relatos de usuários

A falha teria sido causada por um problema na rede de alimentação elétrica próximo à estação Corinthians-Itaquera. Para tentar amenizar os impactos, o sistema Paese foi acionado com 28 ônibus, mas passageiros afirmam que o transporte alternativo não deu conta da demanda.

A superlotação se espalhou por diversas estações ao longo do dia. Uma trabalhadora ouvida pela TVT News relatou que costuma chegar a Ferraz de Vasconcelos às 19h45, mas na terça desembarcou apenas às 21h. Em outros trechos, o intervalo chegou a 17 minutos até Guaianases e ultrapassou 34 minutos até Estudantes.

Durante o tumulto, agentes da CPTM prestaram os primeiros socorros ao homem que sofreu mal súbito, enquanto aguardavam o Samu. A equipe chegou às 17h40 e confirmou a morte às 18h30.

Concessão avança em meio à crise

O episódio ocorre no momento em que a Linha 11-Coral se encontra em fase pré-operacional de privatização. A Trivia Trens, vencedora da concessão, acompanha a operação da CPTM e treina funcionários que assumirão as linhas 11, 12 e 13.

A previsão é que a empresa inicie a operação assistida em 2026 e, a partir de 2027, passe a controlar totalmente o serviço.

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